Esquisitice Subconsciente Crónica
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Portanto eu queria ir a uma conferência qualquer importante, mas como era reservada para homens da igreja, não fiz mais nada: mascarei-me de padre e fui. O hábito fez mesmo o monge porque ninguém via que eu não passava de uma miúda com roupas de padre. Todos me tratavam como se eu fosse um padre francês de 60 anos. Isto é aceitável.
O que não é aceitável é que eu fale francês nos meus sonhos quando a única coisa que sei dizer na vida real é "parlez-vous anglais?", e que o padre por quem eu me fiz passar tivesse como apelido Robin. Acho que Robin nem sequer serve de apelido, e se calhar nem é francês.
Apesar de tudo gostei da cena dos efeitos especiais made in my brain. Imaginem aqueles planos que se fazem no casamentos para saber quem se vai sentar onde. Apliquem o modelo a uma conferência com lugares vip. Agora visualizem esse plano a refazer-se várias vezes, com muitas trocas daqui e dali, e o "Padre Qualquer-coisa Robin" a mudar de um lugar fracote para um lugar very-VIP. Sim, o meu paleio francês era mesmo muito convincente neste sonho.
Também gostei do casting que estava a a haver naquele mesmo dia, na casa de banho (que ocupava a cave inteira), mas esse pormenor não era relevante para a história.
Aplaudo de pé O Grande Produtor de Sonhos. Isto superou todas as minhas expectativas.
O único problema é que agora estou convencida que sou maluca.
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