generated by sloganizer.net

sábado, setembro 30, 2006

Momento Suntory #35: On Love

Um post para todos aqueles que já foram a um bar em Berlim, ou a outro sítio qualquer, noutra cidade qualquer, e se perderam de amores. Sabem que é a sério. E sabem que é para sempre.

*



The Saxophone Song
Kate Bush

You'll find me in a Berlin bar,
In a corner brooding.
You know that I go very quiet
When I'm listening to you.

There's something special indeed,
In all the places where I've seen you shine, boy.
There's something very real in how I feel, honey.

It's in me,
And you know it's for real.
Tuning in on your saxophone.
Doo-bee-doo-bee-doo...

The candle burning over your shoulder is throwing
Shadows from your saxophone,
A surly lady in tremor.
The stars that climb from her bowels,
Those stars make towers on vowels.

You'll never see that you had all of me.
You'll never see the poetry you've stirred in me.
Of all the stars I've seen that shine so brightly,
I've never known or felt in myself so rightly

segunda-feira, setembro 25, 2006

Please... don't.

Há certas coisas que nunca deviam acontecer na vida real. Mas infelizmente acontecem às vezes. Mesmo assim, não deviam ser pensadas por Homem nenhum, muito menos representadas ou escritas. Fazê-lo é definitivamente ultrapassar o limite.
'Salem's Lot, página 246. Randy McDoughall.
Please, Stevie, never again. Please.

Nova Teoria Universal

Indiscutível e irrefutável.

As mulheres cantam melhor que os homens.

sábado, setembro 23, 2006

Momento Suntory #34

De vez em quando encontro assim vozes que conseguem bater mesmo fundo... soft spot. O exemplo supremo disso é, obviamente, a Kate (full of grace). Mas há uns dias encontrei June Tabor... Esta Mississipi Summer é excelente. Gosto especialmente da maneira como ela canta estes dois versos:
I'll just sit on the porch with my eagle eye
Watch for a change in the wind
Click aqui para ler a letra completa (ou click no nome da musica, à direita).
Mmh, yes. New love? Hell yeah.

Contacto

O meu e-mail novo:

suntorytime@iheartpeta2.com

=D

quarta-feira, setembro 20, 2006

Por Toutatis, este Papa é louco!

Como já toda a gente no mundo sabe, o Papa Bento XVI, filho de um modesto funcionário do Estado com direito a pensão, fez outro dia um discurso polémico. O tema do discurso era a relação entre Fé e Razão, e a certa altura o Papa disse, citando:

“'Mostre-me então, o que Maomé trouxe de novo, e ali só encontrará coisas más e desumanas, como esta, de que ele determinou, que se propague através da espada a fé que ele prega'.

Após ter atacado deste jeito, o imperador argumenta, então, pormenorizadamente, por que a propagação da fé através da violência é absurda. Ela está em contradição com a essência de Deus e da alma. “Deus não tem prazer no sangue”, diz ele, “e agir de forma irracional contraria a essência de Deus. A fé é fruto da alma, não do corpo. Quem, portanto, pretende conduzir alguém à fé, precisa da habilidade do bom discurso e de um raciocínio correto, mas não de violência e ameaça… Para convencer uma alma sensata, necessita-se não de seu braço, não de instrumentos de agressão nem de outros meios pelos quais se pode ameaçar alguém de morte …”

Mais tarde o Papa veio dizer que as suas palavras devem ser lidas em contexto, e que neste caso as palavras não eram dele mas sim de um tal imperador, e serviam apenas para ilustrar a sua ideia da Fé e da Razão.

Mas será que este Papa não pensa? No mundo de hoje, será que era memso necessário ir buscar um exemplo que se referisse de forma tão directa a Maomé e ao Islão? "Mostre-me então, o que Maomé trouxe de novo, e ali encontrará coisas más e desumanas, como esta, de que ele determinou, que se propague através da espada a fé que ele prega." Mas é preciso ser-se muito intelectual para ver que isto é um insulto?

O Papa é responsável pelas suas acções. Queria fazer o seu discurso, muito bem, que o fizesse. Queria dar exemplos, muito bem, que os desse. Mas tinha mesmo que ir buscar uma citação claramente insultuosa (e incendiária, nos dias de hoje)? Se queria um exemplo de espalhar a Fé pela espada, porque é que não foi buscar uma das muitas conversas sobre as cruzadas, ou sobre a Inquisição? Ou será que essas coisas estavam bem porque foram feitas em nome do Príncipe da Paz, Salvador Jesus e não em nome de um "falso profeta", Maomé? O Islão está cheio de coisas más e desumanas exactamente na mesma proporção que o Catolicismo. O Mundo não esquece a Inquisição.

E digo mais: se Deus não tem prazer no sangue, como é possível que no Livro Sagrado, que os católicos veneram como sendo Palavra de Deus, existem tantas referências a sacrifícios de sangue para expiar pecados? E no Novo Testamento, não é recorrente o sacrifício de sangue de Jesus? Se este deus não gosta de sangue, porquê isto tudo? Será um deus esquisofrénico?
Há mais espadas e sangue no Judaísmo e Catolicismo do que no Islão.

Bento XVI, tu cura-te. O circo a arder não é assim tão bonito.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Hail Kate, Full of Grace

Hail Kate,
Full of grace,
The Muses art with thee.
Blessed art thou among artists,
and blessed is the fruit of thy Soul,
Music.

Oh Kate,
Musical Genious,
Keep entretaining us now,
And will you please tell us how to have such nice hair?

Amen.

sexta-feira, setembro 15, 2006

Momento Suntory #33

Mrs. Kendal: Why, Mr. Merrick, you're not an elephant man at all.
John Merrick: No?
Mrs. Kendal: No... you're Romeo.

O Homem Elefante, David Lynch (1980)

quarta-feira, setembro 13, 2006

Holy Nudity

Jules Lefebvre é o nome de um grande pintor francês. O seu quadro mais famoso é provavelmente La Vérité (1870), que representa uma mulher segurando um espelho. Outro muito famoso é Mary Magdelen in the Groto (1876), que se vê na imagem.

Ao ver esta pintura, uma pessoa não pode deixar de comentar:

ZOMG uma santa nua!!

terça-feira, setembro 12, 2006

Catholic Matchmaker

Anúncio num diário católico:
"Modesto funcionário do Estado, solteiro, católico, de 43 anos, com direito a pensão, quer contrair matrimónio com uma rapariga católica que saiba cozinhar e, se possível, coser."
Parece que este modesto funcionário do Estado à procura de uma mulher/criada teve sorte e recebeu resposta. O Bento XVI chamava-lhe papá.

Há pessoas doentes.

Este mundo está perdido. Não há salvação possível. Não falo de malta doida que desvia aviões, nem macacos que se julgam presidentes dos estados unidos, nem mesmo de gente que acha mesmo que as plantas têm sentimentos. Não, há algo muito pior, algo que é verdadeiramente obra da Besta.


São CÃES a jogar PÓQUER. Cães! A jogar póquer! E a fazer batota!!

Como é que o mundo não há-de estar como está?

quarta-feira, setembro 06, 2006

Roaring and full of voices

Wave after wave, each mightier than the last,
Till last, a ninth one, gathering half the deep
And full of voices, slowly rose and plunged
Roaring, and all the wave was in a flame
(Alfred Tennyson)

Bem sei que as vozes que desde o início acompanharam esta Onda eram perfeitas, maravilhosas, uma verdadeira delícia para o ouvido. Mas a Nona Onda está cheia de vozes, e há outras que sentem que chegou agora a sua altura de serem ouvidas.
Estas são as minhas vozes. Como escreveu Cobain, "Look through my things, and figure me out." Para começar bem, começamos com a Kate (e o fenomenal Trio Bulgarka), Rocket's Tail.
Em chamas!

Lagar Sangrento

Ontem li uma coisa:

- Porque é que as tuas vestes estão vermelhas, e a tua túnica como quem pisa no lagar?
- Trabalhei sozinho no lagar, e ninguém me ajudou. Pisei os povos com a minha ira, esmaguei-os com o meu furor. O seu sangue salpicou-me as vestes, com ele manchei as minhas roupas. (3 Is 63, 2-3)

Surgiu uma imagem na minha mente. Um gigante musculado trabalhava num lagar, pisando pessoas como se fossem uvas. Ouviam-se alguns gritos, mas não por muito tempo porque ele lhes esmagava as cabeças com os pés, e o sangue saltava para todos os lados. A roupa branca do gigante todo-poderoso não tinha já um centímetro da sua cor original, toda ela era vermelha de sangue. Também o seu rosto estava vermelho do esforço e da raiva, e do sangue que o tinha salpicado.

No lagar já só havia uma espécie de sopa de entranhas, mas ele continuava a pisar de um lado para o outro, a pisar o que restava dos coitados que tinha ali condenado.

Depois fartou-se. Saiu do lagar, foi tomar banho, perfumou-se e levou a namorada a comer lagosta.