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terça-feira, dezembro 04, 2007

How do you do, Professor Jerry Coe?


Tenho-me esquecido de dizer, mas agora dedico-me a experiências. Podem ir seguindo os meus relatórios aqui:

Experiment IV
(experimentiv.wordpress.com)

domingo, setembro 30, 2007

Mas têm a certeza?

Não acredito que a Deborah Kerr já tem 86 anos.

86??

sexta-feira, setembro 28, 2007

Angelina Jolie e campanhas humanitárias

Já sabemos que ela participa em coisas destas a toda a hora, e está nos seus planos para o futuro próximo adoptar meio mundo, mas acho que é quando ouvimos histórias como esta que percebemos o que a motiva. Achei que era bom partilhar. Aqui.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Mickey J & a filha do Elvis

O que tem piada aqui é a cara dela. Como alguém disse, é um ar de "pessoa raptada a tentar pedir socorro sem alertar o raptor".

Água mineral pura com álcool

e um toque de limão.

A estupidez das pessoas deste mundo nunca vai deixar de me surpreender.

sexta-feira, setembro 14, 2007

God bless YouTube

Siouxsie and the Banshees - Spellbound

segunda-feira, setembro 10, 2007

Kids, don't do drugs.

"Britney Spears stoned": Possivelmente um dos vídeos mais tristes do youtube.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Different Seasons

Different Seasons é um conjunto de quatro novelas de Stephen King. Antes que se antecipem, vou já acabar com o preconceito: este não é um livro de terror. Nenhuma das histórias é de terror, tirando talvez a última.

Vejam o índice:


Hope Springs Eternal:
Rita Hayworth and Shawshank Redemption

Summer of Corruption:
Apt Pupil

Fall from Innocence:
The Body

A Winter's Tale:
The Breathing Method

Afterword


A ideia das estações cabe que nem uma luva a cada uma das histórias. E há uma afterword, o que é óptimo - adoro os textos que ele escreve sobre os próprios livros!

A minha preferência oscila entre Shawshank e Breathing Method, mas todas as histórias são óptimas. Quem gosta de cinema vai reconhecer aqui dois filmes muito conhecidos: The Shawshank Redemption e Stand By Me (The Body). Não tenho a certeza, mas acho que também fizeram o filme a partir de Apt Pupil. Espero que decidam fazer um filme a partir de The Breathing Method também; caso não o façam em breve, faço-o eu.

Se não gostam de Stephen King porque acham que ele só escreve terror, leiam este livro. Talvez mudem de opinião. E talvez fiquem a achar que este homem é um dos melhores story-tellers deste século (e do outro).

terça-feira, agosto 21, 2007

I <3 Peta

Esta PETA às vezes tem muita piada. (: Vejam lá se conseguem salvar a Pamela Anderson e as galinhas todas.

Play Super Chick Sisters!

segunda-feira, agosto 20, 2007

Hm?

Juro que tinha qualquer coisa para dizer.

domingo, agosto 19, 2007

<3

Foto de Paul Flaggman.

Não, não vi a Kate. =(

quinta-feira, agosto 16, 2007

Long Live the Queen


Madonna: a agitar o mundo desde 1958.

segunda-feira, julho 30, 2007

Happy Birthday to You

I wish you would live forever.

You will.

domingo, julho 29, 2007

Já estamos em Janeiro?



E agora, já estamos em Janeiro?

sábado, julho 21, 2007

Poetry is the talk on a cereal box

Poesia. É considerada a arte dos sentimentos por meio mundo. Os poetas são aqueles que sofrem muito, e amam muito, e sentem muito e pensam muito. Segundo alguns, também fingem muito.

A poesia atingiu um estatuto tal que gostar de poesia é logo sinal de inteligência e sensibilidade. Eu devo ter, portanto, uma esponja seca no lugar do cérebro, porque não gosto de poesia. Ou então tenho um coração de gelo. Ou as duas coisas, é o mais provável.

É raríssima a ocasião em que posso dizer "que poema maravilhoso!", e quando isso acontece estão normalmente neste formato. Já sei que me vão dizer que letras de música não são poesia "a sério". Não me interessa. Se poesia é essa habilidade de transmissão telepática de sentimentos, então a música é definitivamente poesia.

Seja como for, há um poema do qual eu gosto muito. É o poema mais genial que alguma vez li. Não li muitos, mas se há algum melhor que este façam favor de me dizer, porque eu só acredito quando vir. É da autoria de Alberto Caeiro:

Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa.

quinta-feira, julho 19, 2007

Debates políticos

Os americanos têm ideias muitos parvas, mas este tipo de debates é levar a coisa a um novo nível de idiotice. Idiotice sexista, ainda por cima.

terça-feira, julho 17, 2007

O palavreado quer-se limpinho

(aqui e aqui)

A verdade é que eu também tenho uma certa aversão a palavrões, especialmente grandes palavrões.

O_O!!!


Estou em estado de choque. Acho que isto é a coisa mais perturbadora que já vi na vida. Pior ainda do que cães a jogar póquer.

Mais aqui (cuidado!)

Sobre a Reciclagem Cerebral Nocturna

É interessante ver como os sonhos não significam rigorosamente nada.

O cérebro funciona de maneira misteriosa. À noite produz uma data de pensamentos que não passam de reciclagens de outros pensamentos. Sou capaz de explicar todos os pormenores de qualquer sonho que tenha tido com um destas quatro razões: desejos, medos, coisas que vi/ouvi/pensei, ou pura estupidez aleatória (o Marquês de Pombal em cima de um telhado é um bom exemplo desta última).

Portanto é evidente que sonhar com amêndoas não vai trazer dinheiro nenhum.

Crimes e Vampiros

O meu sonho hoje foi um autêntico thriller/policial. Peripécias com webcams, uma pessoa amarrada no porta-bagagens de um carro, várias caixas de sapatos com restos mortais de alguns infelizes, e malfeitores armados.

Mas fiquei com a impressão que o Grande Produtor de Sonhos não percebe lá muito de policiais nem de thrillers. É que o carro estava estacionado no meio da sala, as caixas de sapatos cheias de ossos estavam escondidas debaixo da cama, e os malfeitores estavam armados só com um canivete suíço. A certa altura havia (falsas) memórias minhas lá para o meio, o Marquês de Pombal a discursar em cima de um telhado, e um bando de vampiros que previam mortes. Um desses vampiros parecia-se horrivelmente com a Condoleeza Rice e mordeu-me o braço a mando de outra vampira que me pareceu ser a Geri. Outra delas (também havia homens, só que eram todos muito enfadonhos) tinha apanhado escorbuto e só sabia falar daquilo.

Pois, não foi um policial lá muito convincente. Esperemos que para a próxima isto melhore.

domingo, julho 15, 2007

Os bons velhos tempos na TV



Gostava tanto disto. Mas agora incomoda-me um bocado ele ter músculos como o Popeye.

sábado, julho 14, 2007

Bronze Activista

quinta-feira, julho 12, 2007

Philosophy is the talk on a cereal box

Acho que alguém devia ter cantado isto a Nietzsche quando ele ainda era pequeno.

Kiwi, kiwi.

terça-feira, julho 10, 2007

Pobre laranjinha

AZN 2.0 - O Hipnotizador

segunda-feira, julho 09, 2007

Basket Case ou O Estranho Caso do Freak no Cesto

lol @ monstro dentro do cesto

Momento Suntory #50: I WANNABE THERE!

Spice Girls Reunion World Tour (!!)

23 de Dezembro - Madrid

Mas elas vão tirar à sorte quem vai comprar bilhetes... (sorteio aqui.)

pick me pick me pick me pick me pick me pick me pick me pick me pick me please pick me pick me pick me please pick me please pick me pick me

"See you later! Girl Power!"


domingo, julho 08, 2007

8. 8. 8. ad infinitum

Por outro lado podia celebrar os 88 posts deste ano deixando-me estar com 8 posts apenas este mês. Ficava giro porque o último teria sido escrito no dia 8.

Mas passa-se alguma coisa comigo?

... Ah, tudo explicado. Fui ver e no calendário chinês Julho é o mês da numerologia.

7. 7. 7. ad infinitum

Sinto-me tentada a não postar mais nada este mês. Assim ficavam 7 posts no mês 7 de 2007.

Argh. Ainda bem que fiz este post agora para me salvar dessa foleirada.

Epifania Debaixo da Hera

Hoje vinha a ler no comboio. Os comboios são sítios muito dados a leituras, menos para aquelas pessoas que ficam com dor de cabeça e enjoos e outras coisas terríveis quando lêem em sítios inofensivos como o (auto)carro, o metro ou o comboio. Como eu não sou dessa raça, hoje vinha mesmo a ler no comboio. O livro era The Secret Garden.

Peço-vos que não vomitem ou fechem já esta janela por estarem fartos dessas três palavras. Quanto muito vomitem e fechem a janela porque estou prestes a ligar essas três palavras a um nome que também já leram aqui umas quarenta e duas vezes. Seja como for não há problema desde que não me vomitem nos sapatos, que isso é nojento.

Ia então muito entretida com The Secret Garden no comboio quando cheguei à página 66 e li:

But she was inside the wonderful garden, and she could come through the door under the ivy any time, and she felt as if she had found a world all her own.

E parei de ler. Fiquei feita parva a olhar para a página. Então reli outra vez. E outra. E depois sorri feita parva, só para que não restassem dúvidas à rapariga que ia ao meu lado de que ia de facto sentada ao lado de uma parva completa.

Passo a explicar, para que este post não seja escusado para além de grande: Under the Ivy.

Meus caros, tudo no Universo está relacionado - que disso não restem dúvidas - e a resposta à Grande Pergunta nem sequer é 42.

As much as many others would like to have it otherwise, the notions that Kate Bush is 'simply a woman' are, frankly, absurd, and self-evidently untrue. She is, moreover, God. And it is now universally acknowledged that she is the only thing in life worth wasting any thought on at all. Everything else is just killing time. There is no question whatever of the truth of this judgement, which is unanimous, absolute and irrevocable.

Madonna e Sr. Incrível salvam o mundo!

Claro que fiquei chateada quando soube que a Rainha Madonna não vinha a Lisboa para aquela coisa das maravilhas. Mas depois soube que ela ia antes estar no Live Earth - e fiquei outra vez contente por ver que ela sabe escolher as coisas em que participa (e sempre soube). É preciso dizer que depois de ter visto 10 minutos daquelas palhaçada no Estádio não-sei-quê em Lisboa, fiquei bastante grata por a Madonna não estar relacionada com aquilo de nenhuma maneira.

Adiante. Queria dizer que a Madonna e o Al Gore (que na verdade é o Sr. Incrível disfarçado) são os meus super-heróis preferidos, bem como muitos outros, o Super Tosta Em Pó incluído.

Em nota de rodapé posso também comentar que lhes dou mais quatro anos até esgotarem as palavras curtas e parecidas que ficam bem depois de "Live".

sábado, julho 07, 2007

Novas Sete Maravilhas do Mundo

A muralha da China, o Taj Mahal, o Cristo Redentor (wtf?), e sei lá eu que mais.


Sinceramente.

Sinto-me pessoalmente ofendida por não terem incluído as Pirâmides. E a ausência da Ilha de Páscoa é como um soco no estômago, uma cuspidela na cara e uma pisadela no pé. Duas das coisas mais misteriosas da civilização e não são consideradas Maravilhas. Que palhaçada. Mas também não estava lá a Internet, que é a nova maravilha do mundo, por isso não se podia esperar dali nada muito acertado.

Também gostava que se tivessem desviado do cliché que foi "What a Wonderful World", mas sobre isso não há nada a fazer.

quinta-feira, julho 05, 2007

Pois é, Zooey.

O professor Tupper. E esses outros dois imbecis de que me falaste ontem à noite, Malius e o outro. Conheci dúzias desses tipos, como toda a gente, e concod ocontigo quando dizes que não são inofensivos. Na verdade são letais. Deus Todo-Poderoso. Tudo aquilo em que tocam transforma-se numa coisa absolutamente académica e inútil. Ou, pior ainda, numa coisa culturalista. Na minha opinião, são os principais culpados da massa de ignorantes com diploma que invade o país em cada mês de Junho.

Zooey in Franny and Zooey, de J. D. Salinger

quarta-feira, julho 04, 2007

Eu controlo a cena. A sério.

Influenciada por determinada Terapia, fui ver como andava a minha situação. Not so bad.

Observação

É uma imbecilidade usar sandálias com meias.

domingo, julho 01, 2007

Erm, what?

Sonhei que estava a ver uma peça num centro comercial. No final, juntava-se toda a gente para lanchar e havia uma data de bolos na mesa, incluindo os famosos brownies americanos. Ora uma rapariguinha que lá estava viu-me a olhar para eles e disse:

- Sabes como é que se chama esse bolo?

Claro que sabia. Mas ela nem deu tempo para responder. Disse logo, muito indignada com a estupidez da coisa:

- Collant!

Acho que não há melhor desculpa para acordar a rir do que esta.

sábado, junho 30, 2007

Momento Suntory #20.000


As últimas 3,000 palavras não fazem grande sentido, mas isso passa. Tenho a desculpa de estar com os fusíveis um bocado queimados, por ter escrito à volta de 10,000 palavras hoje. Nem sequer sabia que isto era humanamente possível. Mas pelos vistos é. Cheguei ao fim, e ganhei o melhor prémio: um guião inteiro escrito por mim. Yay! Agora vou dormir.

domingo, junho 24, 2007

Interessante

Click.

Vale a pena ver. Quanto mais não seja porque está bem feito.

sábado, junho 23, 2007

Cross-posting VI

Shhhh... o bebé está a meditar.

Cross-posting V: Argumento de Autoridade

Cross-posting IV: Meet Your Meat

Cross-Posting III: Wicked

Cross-posting II

Cross-posting I

LISA
Oh, the Earth is the best! That's why I'm a vegetarian.

JESSE
Heheheh. Well, that's a start.

LISA
Uh, well, I'm always thinking of going vegan...

JESSE
Heheheh. I'm a level five vegan. I won't eat anything that casts a shadow.

LISA
Woow.

(The Simpsons, season 12, episódio 05, Lisa the Tree Hugger.)

sexta-feira, junho 22, 2007

Little Brother

Às vezes (na realidade, foi mesmo só no outro dia, quando estava a acabar um trabalho) pergunto-me: se fosse possível juntar numa casa na Venda do Pinheiro durante dois meses, Virginia Woolf, Charlie Kaufman, Sofia Coppola, Oscar Wilde, Gandhi, Da Vinci, Dostoievsky e Camões, dando-lhes provas absurdas de vez em quando, será que se produzia um programa de qualidade? Ou continuaria a ser reality trash televisivo?

Ficaremos eternamente na dúvida, porque as hipóteses de tal acontecer são, arrisco dizer, praticamente nulas. Mas nunca se sabe. E com ou sem qualidade, este era um programa que eu gostava de ver. Será que quem salta mais alto é Kaufman ou Gandhi?

domingo, junho 10, 2007

Sick.

Ri-me tanto quando encontrei esta imagem. Mas tanto.

quinta-feira, junho 07, 2007

Ah!!

Tive o momento "Eureca!!" do mês. Ou momento "hey-descobri-a-pólvora!" do mês. Ou o momento "que-estupidez" do mês.

Descobri que uma música que eu adoro no jogo dos Sims é, na verdade, nada mais do que uma versão em Simlish (linguagem dos Sims) da música "Too Shy" (Kajagoogoo). E a cereja no topo do bolo: tenho essa música há anos (literalmente) no meu pc e nunca a tinha ouvido.

Agora não sei se hei-de dar pulos de alegria por poder ouvir a música mil vezes sem ter que abrir o jogo (não que abrir o jogo seja mau), ou se é suposto sentir-me bastante idiota.

É que o único adjectivo que se aplica a esta música é "uau", apesar de "uau" não ser adjectivo nenhum. Acho até que quero casar com o vocalista, só para o ouvir dizer "move a little closer" daquela maneira todos os dias. Adoro os anos 80. Mas vejam só a letra!

Vídeo aqui.

Maneater

A Nelly Furtado não tem nada a ver com isto. "isto" é melhor não só mas também porque inclui um homem com bigode que a certa altura uiva.

quarta-feira, junho 06, 2007

Deprimente.

Não consigo aceitar o facto incontornável de que nunca hei-de ver todos os filmes que quero. Nem ler todos os livros que quero. Nem fazer tudo o que quero, no geral. Raça.

terça-feira, junho 05, 2007

The Birds pt 2

Entrou um pássaro na sala e andou por ali às voltas. Bateu no vidro das janelas umas três vezes até que alguém ali ao pé teve o bom senso de abrir uma. Houve ahs e ohs (incluindo um aaah geral quando o pássaro finalmente saiu são (?) e salvo). Mas o melhor foi mesmo alguém que quando viu o pardal disse: "ai que nojo!"

domingo, junho 03, 2007

Apresentando: Take 3

Ou: Publicidade Descarada

Eu, ela e ele decidimos começar este projecto. É sobre filmes. Visitem-nos por lá.

Frenzy

Ando a participar nisto, e espero no final de Junho ter um guião sobre substituições (a sério que é mais interessante do que parece).

E tenho ouvido muita ópera, yep.

Momento Suntory #48

Perfeição.

quarta-feira, maio 30, 2007

Jane Eyre - Rochester speaks again

"After a youth and manhood passed half in unutterable misery and half in dreary solitude, I have for the first time found what I can truly love - I have found you. You are my sympathy - my better self - my good angel. I am bound to you with a strong attachment. I think you good, gifted, lovely: a fervent, a solemn passion is conceived in my heart; it leans to you, draws you to my centre and spring of life, wraps my existence about you, and, kindling in pure, powerful flame, fuses you and me in one."

segunda-feira, maio 28, 2007

Yma Sumac

Algumas mulheres têm um rouxinol na garganta.

domingo, maio 27, 2007

The Wallace Collection

Uma grande música e um dos videoclips mais estranhos de sempre.

Aqui.

Jane Eyre - Rochester speaks

"You - you strange, you almost unearthly thing! - I love you as my own flesh. You - poor and obscure, and small and plain as you are - I entreat you to accept me as a husband."

Estas irmãs Brontë e a literatura do século XIX... <3

quinta-feira, maio 24, 2007

The Birds

Hoje no caminho da faculdade até à estação vi uma coisa estranhíssima. Era um pássaro bebé morto em cima do tejadilho de um carro.

Achei isto estranho por duas razões. A primeira é que nunca tinha visto um pássarinho morto. A segunda é que o coitadinho parecia que se tinha aventurado para fora do ninho antes de tempo, mas não havia uma única árvore ali ao pé. Nem árvore nem nada parecido. Portanto ou o pássaro caiu de um ninho nas nuvens, ou o dono do carro andou a passear um pássaro morto pelas ruas de Lisboa. Ambas me parecem hipóteses estupidas.

Estive para tirar uma foto com o telemóvel, mas depois lembrei-me que já perdi uma vez um autocarro por causa de uma andorinha, não queria agora perder o comboio por causa de um pássaro morto em cima de um tejadilho. Por isso fui-me embora e deixei-o lá.

sábado, maio 19, 2007

Diana Damrau, Rainha da Noite



Os primeiros dois minutos são só conversa em alemão. O resto é tipo uau.

terça-feira, maio 15, 2007

Wuthering Heights - Heathcliff speaks

"Catherine Earnshaw, may you not rest as long as I am living! You said I killed you -- haunt me, then! The murdered do haunt their murderers. I believe -- I know that ghosts have wandered on earth. Be with me always -- take any form -- drive me mad! Only do not leave me in this abyss, where I cannot find you! Oh God! it is unutterable! I cannot live without my life! I cannot live without my soul!"

(Esta já não escrevi de cor. =p)

Wuthering Heights - Cathy speaks

Nelly, I am Heathcliff! He is always, always in my mind -- not as a pleasure, any more than I am always a pleasure to myself, but as my own being.

(E admitir que escrevi isso tudo de cor...?)

segunda-feira, maio 14, 2007

The Dictionary Song

Acreditem que isto é fixe. Mas se há alguém que era capaz de fazer isto mesmo bem era... You guessed it, Kate Bush. Aliás já fez, mas com números.



Click aqui para comentarem o vídeo.

domingo, maio 13, 2007

George Michael's 25Live @ Coimbra

"I know it's been a long time. But I hope once you leave this place tonight you can forgive me."
I believe I speak in the name of us all: you are forgiven.

Hitchcock George Michael, master of suspense. Luzes no ecrã, e a voz (Waiting): "Here I am..." Onde? "Here I am..." OMG, Onde??

E finalmente aparece ele no meio do palco, com um sorriso (perfeito) na cara... Foi o princípio de um concerto muito óptimo. Foi tanto de bom que já nem sei escrever.

Pontos Altos:

. Father Figure - que ouvi pela primeira vez, e ainda bem... Quantas pessoas podem dizer que ouviram uma das suas músicas preferidas de sempre pela primeira vez ao vivo? (;

. Shoot the Dog - porque teve um piadão (imaginem insufláveis de G. Bush e Tony "Puppy" Blair)

. Faith - 80's!! "Let's pretend it's 1984!"

. Spinning the Wheel - Bem, depois de tanta espectativa queriam o quê? Era a música que esta miúda queria mesmo ouvir...

. Jesus to a Child - Muito emocionante... Assim do estilo tenho-uma-lágrima-a-querer-saltar-me-do-olho. O rapaz que estava ao meu lado sentiu o mesmo. Quase me apeteceu dar-lhe um abraço.

. Amazing - "This song I wrote for my partner, Kenny!" Ele cantou esta mesmo a seguir à Jesus to a Child, o que foi a sequência perfeita. E foi melhor ainda porque era uma das que eu queria mesmo ouvir, e ele veio cantar um bocadão para o pé de nós! Oh, George!

. Careless Whisper & Freedom 90 - Excelente encore!

Tive pena que ele não tivesse incluído a Wake Me Up Before You Go Go, mas se calhar foi pelo melhor. Porque se ele tivesse cantado isso ao vivo, acho que eu não dormia durante uma semana com o shot de feel-good-ness. Era de mais para o meu sistema.

Devo dizer também que nunca vi ninguém tão bem disposto como ele, tão simpático, e tão fofinho, e tão giro. Facto: o George Michael canta mesmo bem.

Adorei, adorei, adorei. Double thumbs up!

Nenhum dos videos é da tour porque não há grandes vídeos do concerto em Coimbra no YouTube. Quando houver talvez mude.

Momento Suntory #47: 25Live @ Coimbra


Entrei a gostar de George Michael. Saí a A-DO-RAR. Diverti-me taaaaaaaaaaaantoooooo!

Um relato mais pormenorizado amanhã (hoje, pronto, daqui a umas horas), talvez.

I think it's amazing...

terça-feira, maio 08, 2007

Post Secret

Heavenly Creatures (1994)

Não há muito que eu consiga dizer agora sobre este filme. Estou naquele estado em que se fica quando vemos um filme que nos impressiona muito, e francamente, mais preocupada com a probabilidade de vir a sonhar com isto esta noite do que com a coerência ou qualidade deste post.

Talvez mais tarde escreva um comentário decente. Por agora digo só que o filme é maravilhoso quase até ao fim; a partir de determinado momento torna-se terrível e, não há outra palavra, impressionante...

Um grande filme baseado numa história real, de Peter Jackson, com Kate Winslet e Melanie Lynskey. Recomenda-se.

9 /10

domingo, maio 06, 2007

A magia está na tagline


Este poster não dá logo vontade de ver o filme? "WEIRD atomic beasts who live off human BLOOD!!!" Se existe uma tagline perfeita, é esta.

Esta é A Questão

Porque é os arquivos deste blog de um momento para o outro ficaram em árabe?

ETA: Ficaram normais outra vez... A Nona Onda ganhou vontade própria!

sábado, maio 05, 2007

Metamorfose

De acordo com a cultura popular mexicana, a primeira fase da metamorfose consiste num conjunto de sintomas muito distintos, sendo um deles a ocorrência de ataques de riso incontrolável, sem nenhuma razão aparente, que se prolongam durante mais de meia hora.

Sim, acho que me estou a metamorfosear numa hiena.

sexta-feira, maio 04, 2007

Momento Suntory #1-0-0

100 posts yay!


I often find myself inspired by unusual, distorted, weird subjects, as opposed to things that are straightforward. It's a reflection of me, my liking for weirdness.
(Kate Bush, 1980)

A pintura que aparece no título do blog e neste post (apesar de parecerem diferentes são a mesma lol) chama-se "A Nona Onda", de Ivan Aivazovsky.

quinta-feira, maio 03, 2007

Esquisitice Subconsciente Crónica

Cada vez que eu me convenço que finalmente tive o sonho mais esquisito possível, O Grande Produtor de Sonhos vem provar-me que é capaz de muito melhor. E agora, new and improved, sonhos com cinematografia e efeitos especiais! Havia uma história vagamente coerente e tudo.

Portanto eu queria ir a uma conferência qualquer importante, mas como era reservada para homens da igreja, não fiz mais nada: mascarei-me de padre e fui. O hábito fez mesmo o monge porque ninguém via que eu não passava de uma miúda com roupas de padre. Todos me tratavam como se eu fosse um padre francês de 60 anos. Isto é aceitável.

O que não é aceitável é que eu fale francês nos meus sonhos quando a única coisa que sei dizer na vida real é "parlez-vous anglais?", e que o padre por quem eu me fiz passar tivesse como apelido Robin. Acho que Robin nem sequer serve de apelido, e se calhar nem é francês.

Apesar de tudo gostei da cena dos efeitos especiais made in my brain. Imaginem aqueles planos que se fazem no casamentos para saber quem se vai sentar onde. Apliquem o modelo a uma conferência com lugares vip. Agora visualizem esse plano a refazer-se várias vezes, com muitas trocas daqui e dali, e o "Padre Qualquer-coisa Robin" a mudar de um lugar fracote para um lugar very-VIP. Sim, o meu paleio francês era mesmo muito convincente neste sonho.

Também gostei do casting que estava a a haver naquele mesmo dia, na casa de banho (que ocupava a cave inteira), mas esse pormenor não era relevante para a história.

Aplaudo de pé O Grande Produtor de Sonhos. Isto superou todas as minhas expectativas.

O único problema é que agora estou convencida que sou maluca.

Momento Suntory #45 :Jorge Miguel

Sim,
eu
vou
ver
o
George Michael.

Yay!!

terça-feira, maio 01, 2007

Suntory presents...

Peter, Texas

Novo espaço na blogosfera, da autoria do meu caloiro mais-que-preferido em toda a FCSH (não, não estou a dizer isto só porque ele fala de mim no primeiro post lol). Visitem (:

segunda-feira, abril 30, 2007

Sugar? No, thank you.

Eu é que devia ter escrito o Book of Dreams.

Apesar de o Grande Produtor de Sonhos aparentemente não saber que em Inglaterra se conduz à direita, tenho que admitir que ele não se sai nada mal no que faz. Damn good coffee. dreams.

Gabriela Kulka

Não sei se já falei dela ou não; se já falei falo outra vez, paciência.

Chama-se Gabriela Kulka, e tem umas músicas mesmo giras. Umas letras originais, com um toque do macabro e às vezes um bocado surrealista, e o estilo é clara e admitidamente influenciado pela muito-amada Kate Bush, entre outras.

Podem ouvi-la aqui. Reparem em baixo, à esquerda - cliquem play para ouvirem a versão dela de London Calling dos The Clash. É muito fixe - provavelmente a minha preferida. É sinistra!

O último álbum, Out, está disponível para download na íntegra, e também o podem ouvir directamente a partir do site. É um 9/10 aqui na minha escala. Aliás, não. É um 10 mesmo. A originalidade é refrescante.

Out', Gabriela's latest album, was recorded between January and July 2006
It's a collection of 15 songs, 4 of which are in Polish.
Songs about psycho killers, dangerous fairytale visitations, bigotry amongst fish, idols - either falling or already fallen, cities at war, and owners of bone-instruments, to mention a few subjects. And among them, you will hear Beach Boys style choirs, references to Alien, the air of weillesque cabaret, trips back to '80 pop and infectious, fast, jazzy romps. "Out" is a sort of weird musical, which alternately sounds like a delicate, eerie music-box, and a tumultuous piano-rock wave of musical imagination
in Gabakulka.com

domingo, abril 29, 2007

Um cesto de maçãs...

Madonna sends Regis Philbin a get-well gift
Posted: 28 April 2007 - From contactmusic.com

Madonna, Ringo Starr and Halle Berry were among the celebrities who sent beloved US TV host Regis Philbin get-well gifts as he recovered from a heart operation.
Madonna and Berry sent him luxury bathrobes, while former Beatle Starr sent the TV star a basket of apples.

in Madonnalicious

Um cesto de maçãs?? OK, talvez seja difícil ser original em momentos destes, mas um cesto de maçãs... Aposto que o Mr. Philbin ficou logo muito mais animado com as suas maçãs novas.

sábado, abril 28, 2007

O Jardim Secreto

Tenho uma ligeira fixação na ideia de um ("0") Jardim Secreto. Se calhar a psicanálise resolvia isto, se calhar não.


Seja como for, não é todos os dias que a minha música preferida da Madonna está no blog, por isso façam o favor de clicar play e ouvir.


Madonna + Jardim Secreto + Jazz = <3


Vão ver que concordam comigo.

quinta-feira, abril 26, 2007

Pet Sematary (1989)

Não há volta a dar: eu adoro esta história. O livro é um dos meus preferidos de sempre, escrito pelo meu herói, Stephen King, que também escreveu o guião do filme (e faz uma aparição surpresa no cemitério!). A realização é de Mary Lambert, que também fez alguns videoclips da Madonna, incluindo Material Girl e Like a Prayer (quem não gosta deste clip?).

Tudo começa quando a família Creed (Louis e Rachel, mais os filhos Ellie e Gage) se muda para uma casa nova no Maine. Conhecem o vizinho Judd (Fred Gwynne), que os leva ao "Pet Sematary", um cemitério feito pelos miúdos da terra (erro ortográfico incluído) para os seus animais de estimação. A partir daí nada volta a ser o mesmo... Os acontecimentos são estranhos, alguns bastante (!!) chocantes, mas todos tocam no fundo do coração.

Como Pet Sematary é uma adaptação, as comparações com o livro do mesmo nome são inevitáveis. O livro é melhor. E, na minha opinião, deve ser lido primeiro. O que parecem inconsistências no filme não o são na realidade, e o livro explica-as satisfatoriamente. Há pormenores importantes como o Wendigo que simplesmente não estão no filme (o que deixou aqui esta miúda chateada...). Quanto ao final devia ter continuado como no livro: aberto.

Outra coisa: no livro a caracterização é simplesmente fenomenal (grande trunfo de Stephen King), mas no filme temos pouco disso. E ler o livro ajuda mesmo a criar empatia com as personagens, e a perceber os seus motivos (final do filme). Logo na primeira cena já eu gritava de felicidade, "Olha o Louis!!", e apareciam coraçõezinhos e florzinhas à minha volta. Mas acho que o actor Dale Midkiff também teve qualquer coisa a ver com isso.

Por falar em actores, nenhum deles é brilhante. De todos o melhor é capaz de ser mesmo Miko Hughes (Gage). O elo mais fraco é sem dúvida Blaze Berdahl (Ellie), que conseguiu estragar uma das cenas mais poderosas do filme todo ("Let God have his own [...]!").

Pet Sematary é uma história como há poucas, e o filme merece uma recomendação baseada só neste aspecto. Um filme para quem não gosta de filmes de terror, e também para quem gosta, que de certezinha vai adorar a Zelda (Andrew Hubatsek).

8 /10
(The Ramones - Pet Sematary, música do filme que não me sai da cabeça)

terça-feira, abril 24, 2007

Thinking Blogger Award


A sôdona Tatiana do Segredos Aos Pedaços (agora em livro!) agraciou aqui A Nona Onda com o Thinking Blogger Award. A serenata de agradecimento já está a ser combinada.

Agora é a minha vez de premiar outros cinco. Visitem-nos.

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Sympathy for Lady Vengeance (2005)

Filme coreano de Park Chan-Wook, realizador de Oldboy. Uma mulher é presa por um crime que não cometeu, e quando sai vai vingar-se do verdadeiro criminoso. A história tem mais que se lhe diga, mas isso vão vocês descobrir se virem o filme.

A cinematografia é mesmo muito boa. Acho que os asiáticos têm uma costela cinematográfica muito artística e poética. Ou pelo menos todos os realizadores asiáticos que eu conheço têm. É um filme, no geral, interessante, com alguns pormenores giros e humor e tal.

Mas há uma cena que para mim estraga o filme todo. E não falo sequer da bebedeira absurda entre os australianos e a "Lady Vengeance", apesar de essa ser uma que eu cortaria sem hesitar. Mas não, a pior cena do filme, e que também devia ter sido cortada, ou pelo menos muito suavizada, é uma que envolve uns miúdos... É um dos momentos mais impressionantes que já vi em cinema ou televisão. É impressionante de mais. Nem dá sequer para descrever a carga emocional negativa da cena. Posso dizer-vos que para mim foi impossível não chorar, e mesmo agora, só de relembrar... Nem sei onde é que foram arranjar miúdos tão convincentes.

Portanto, fica o aviso. Se não gostam de ver crianças em situações perigosas/ violentas/ macabras, mais vale não verem o filme. Não vale a pena, porque o filme não é nenhuma maravilha por aí além, e vão ficar com aquelas imagens gravadas na memória para sempre.

Só para acabar com qualquer coisa positiva: é giro ver tofu em filmes.

7 /10 (Nota inflacionada pela cinematografia)

segunda-feira, abril 23, 2007

A Noite dos Mortos Vivos (1968)

O clássico dos clássicos filmes de zombies. A Noite dos Mortos Vivos de George A. Romero. Deixem que vos diga, o filme é excelente. Se ainda não viram não sei de que é que estão à espera.

A ideia base do filme é muito simples. Há mortos vivos lá fora, e eles gostam de carne humana. Então um grupo de algumas pessoas refugia-se numa casa isolada para tentar escapar-lhes. Até pode não parecer - eu acho que parece - mas o filme mete medo. Mete mesmo medo. Aqueles mortos tão lentos... E aquelas mãos pela janela... E são tantos... Todos tão lentos... Há qualquer coisa nesta ideia que me dá arrepios. E pesadelos.

Mas para além de cumprir o objectivo de um filme de terror, meter medo, A Noite dos Mortos Vivos é também um filme muito inteligente. Há um tom de crítica à situação da época, e o final... O final é interessante.

Gostei particularmente da primeira cena, não estava à espera que as coisas começassem logo. É giro ir descobrindo tudo (tudo?) com os protagonistas. Não sei bem se gostei das cenas com os zombies porque, bem, a verdade é que metem medo.

Depois de meia hora de filme lembrei-me que afinal já tinha visto isto, mas numa versão a cores. A preto e branco é melhor. E a preto e branco a cena do banquete zombie é mais fácil de aguentar...

Para ilustrar o post escolhi o cartaz espanhol porque "la noche de los muertos vivientes" tem piada, e porque a caveira que está dentro da cova me faz lembrar um macaco e isso dá-me vontade de rir. O cartaz sério está aqui.

9.5 / 10

sexta-feira, abril 13, 2007

Depressão Pós-Extração / Experiment IV



É só para me animar a mim própria... e já agora, para animar possíveis fãs do Dr. House que andem por aí.

quinta-feira, abril 12, 2007

Momento Suntory #44: "Do you have a boyfriend?"


Aqui temos um entrevistador completamente... encantado. Can you blame him?

Vejam este vídeo se:
- querem ver um excelente exemplo de linguagem corporal evidente (2:19)
- sabem quem é o Donald Sutherland
- ainda não viram o clip de Cloudbusting
- gostam do sotaque inglês ("Would you? Sincerely?")
- os outros nomes também vos falham em momentos cruciais
- acham que há possibilidades de virem a ter uma bomba de gasolina no futuro

Soft Spot bullseye: 1:15 e 8:58 até 9:06 Be still my heart.

Pergunta Para Pontos Extra: Onde está a Ofélia de Hoggsmead?

Uma data de coisas

Ando há umas semanas para escrever aqui umas coisas, mas por uma ou outra razão não pûs cá os pés (os dedos?). Então aqui vai tudo o que ainda me lembro, condensadinho num só post.
1) Fui ver uma exposição no Júlio de Matos. Sim, no hospital. Chama-se "Objecto: simulacro" e é a coisa mais sinistra. Aconselho-vos a irem, mas não sozinhos. E especialmente não se o aquela-coisa-a-que-chamara-filme Hostel ainda estiver fresco na vossa memória. É que aquilo é mesmo sinistro e mete medo.
2) Afinal qual é a data de estreia do filme das Tartarugas Ninja? Parem de adiar! Que chatos, pá. Quero ver o filme! Teenage mutant ninja turtles... turtle power!
3) I wake up and he's dead. I wake up and he's alive.
Adorei o filme Premonição. Adorei e pronto. Não quero saber o que diz o imdb ou seja quem for. Se o forem ver, lembrem-se que o título é premonição, não é viagens estúpidas no tempo. Um aplauso para a Sandra Bullock, e outro para Mennan Yapo por uma e outra cena que eu gostei em particular.
4) Também gostei d' O Mundo Encantado de Beatrix Potter. Fofinho. E as paisagens, uau!
5) Já sei que vou levar uma pedrada por dizer isto, mas o Departed não é um filme assim tãaaaao maravilhoso. Muito grande = cenas desnecessárias.
6) Já viram o concerto da Madonna, Confessions on a Dance Floor? Recomendo, recomendo, recomendo muuuuuito!! Impossível não adorar. <333
Um dos meus momentos preferidos aqui (Isaac) , e outro aqui (Erotica/ You Thrill Me) . E para quem não percebeu a controvérsia (controvérsia estúpida, a bem dizer), pode ver a cruz em Live to Tell.
7) Malta, leiam O Perfume. E se vos apetecer uma dose de Girl Power, recomendo A Papisa Joana.
Agora estou numa de Brontë (Jane Eyre) e depois acho que vou para Virginia Woolf. Sugestões?
8) Ora bem, havia outra coisa que eu queria dizer... O que é que era?

Salvador Dalí: departed.

Sim, eu admito: tenho medo de ir ao dentista. É tudo uma questão de expectativas. Fui lá 3 vezes para tirar dentes do siso, certo? Pois da primeira eu ia super tranquila, sem medo, sem nervosismo. Era só ir ao dentista. Que mal é que isso tem? Mas cheguei lá e foi o que foi; fiquei traumatizada. Da segunda vez, estava preparada para o pior, e não foi tão mau. Claro que foi péssimo na mesma, mas não tão mau. E agora desta vez...

Eu ia mais ou menos calma. Era só um dente, era em cima (são mais fáceis, ao que parece), e a última vez tinha sido mais suave. Tudo apontava para um sofrimento menor. Mais uma vez, foi tudo contra as expectativas. Foi horrível! E quando digo horrível, quero mesmo dizer o-pior-de-sempre. Imaginem a pior coisa do mundo; foi assim que foi. No final tremia por todos os lados e só me apeteceu chorar, mas estava demasiado abalada para conseguir fazer isso sequer.

Aquilo é mesmo violento. A força toda que ele fez, nem sei como é que não me partiu o maxilar. E aqueles sons...! Acho que o pior são mesmo os sons. Se nunca ouviram um dente vosso a partir, considerem-se abençoados.

Normalmente guarda-se o melhor para o fim, não é? Este era mesmo o melhor dente. Raízes enormes. Cada uma virada para seu lado. Ouch. O espanto na voz do dentista: "Surreal! Este dente dente é surreal! Olha, Filipa: Salvador Dalí." Era um dente mesmo esquisito. Tinha logo que ser meu?!

Se eu tivesse um desejo só acreditem que era nunca mais ter que ir ao dentista fazer coisas horríveis destas. Aceito ir lá para ele me olhar para os dentes e dizer que está tudo bem, mas mais que isso não quero...

terça-feira, março 27, 2007

Crime!

Como é que a TVI teve a ousadia de usar a Canção do Mar com a voz de uma mulherzinha qualquer que se calhar pensa que sabe cantar, e ignorar completamente o facto evidente de que ninguém, ninguém, ninguém consegue cantar essa música como a Dulce Pontes? Estou indignada.

Para quem teve a sorte de não se cruzar ainda com esse genérico, podem vê-lo aqui (não recomendo).

E agora comparem:

segunda-feira, março 26, 2007

Makes the WHAT drop and the WHAT pop??

Justamente quando eu pensava que a Christina Aguilera tinha voltado a ser decente, ela sai-se com "Candyman".

Também não sei de que é que estava à espera...

Só tenho é pena porque uma voz daquelas não devia ser desperdiçada. Chega a ser mesmo triste, criminoso até!, quando penso no potencial que ela atirou para o lixo.

domingo, março 25, 2007

Conclusãozinha deprimente

O gato fedorento já não tem piada nenhuma.

sábado, março 24, 2007

Momento Suntory # 43:Carroça de uma namorada

Vamos fazer um concurso. Quem acertar ganha um doce virtual.

Primeiro, vejam isto.

E agora a pergunta: O que é que a Avril Lavigne está a cantar em Português nesta versão de Girlfriend?

a) garota de namorada
eu sei que você acha uma porra
garota de namorada

o que você acha de mim?
menina no seu reto
garota de namorada

b) garota chupa-cabra

c) carrouça de uma namourada

d) não gosto de sua namorada
você precisa de uma nova
quero ser sua namorada

sei que você gosta de mim
sei que nao é segredo
quero ser sua namorada

e) Ela está a falar Português???

f) Não sabe/ Não responde/ Morreu a rir

quarta-feira, março 14, 2007

Ai, bandido! Toma!



"...ela ter os braços soltos, aproveita - isto é muito fácil - agarra-o pelo pescoço e manda-o ao chão!"

terça-feira, março 13, 2007

Self-fulfilling prophecies

TIR.

Yah, este post é para ti lol.

domingo, março 11, 2007

What Ever Happened to Good Horror Movies?

Há uma diferença abismal entre os filmes (de Terror) que se faziam dantes e os que se fazem hoje. Para muitos, talvez tenha tudo mudado para melhor, mas para mim... Resta-me suspirar, abanar a cabeça e perguntar-me, para onde foram os bons argumentistas, os bons realizadores,... as boas histórias, os bons filmes??

Isto porque ontem vi o The Hills Have Eyes (2006). Uma porcaria de filme!

Que mania é esta de só fazer filmes de terror com litros e litros de sangue, membros decepados, pessoas mutiladas, mais sangue, mais mutilação, mais violência? É uma tristeza. A maioria dos filmes de terror hoje em dia tem o esqueleto de uma história (quando o tem), e o resto é preenchido com sangue, violência e explosões. E o que resulta daqui é uma audiência feliz? Incompreensível. Como é que ontem ouvi uma miúda dizer "que fixe!", num tom da mais profunda delícia, quando um homem no ecrã estava a ser mutilado?

Esta geração tem as prioridades trocadas. Não tenho problemas com quem gosta de filmes com muito sangue e violência (apesar de não perceber qual é a piada...), mas revolta-me ver esta mutilação ao género. Terror é algo que assusta, qualquer cosia sinistra, do oculto, que mete medo. Não é sinónimo de violência gratuita!

Dantes todos os filmes de terror tinham uma dose de suspense que não podia faltar. Havia sempre uma história com pés e cabeça, com um desenvolvimento coerente (que hoje em dia seria considerado "lento" na maior parte dos casos), e o terror, fosse ele representado por espíritos, monstros, miúdos maquiavélicos, ou o que fosse, ia surgindo aos poucos, num crescendo até ao desenlace final.

Nos filmes de terror de hoje em dia o desenvolvimento das personagens é deixado para segundo plano. O suspense das duas uma: ou não existe, ou existe em versão bastarda, resumindo-se à dúvida: de onde é que vai sair o próximo louco com um machado? O choque já não vem das situações, mas sim da pura violência. O objectivo parece que deixou de ser "fazer um filme sinistro", para "vamos ver quem é que consegue enojar mais o público". Cenas explícitas de tortura, mutilação, morte, violência: onde é que isto é sinistro? Onde é que isto é assustador? Isto limita-se a meter nojo e a ser perturbador, mas perturbador apenas por ser excessivamente violento. Qualquer pessoa consegue imaginar duas horas de violência gratuita com uma história-fantoche a servir de desculpa. Mas quantos conseguem fazer duas horas de verdadeiro Terror?

Não digo que um filme com mutantes malvados, canibais e amigos de picaretas não meta medo. Mete, claro que mete. Toda a gente tem medo de sofrimento físico. Mas não é sinistro. Não é creepy. É só nojento. Mas duas horas de nojo e repulsa não fazem um bom filme.

O que é uma cena de carnificina em The Hills Have Eyes comparado com Nosferatu levantando-se do caixão, ou o grupo de crianças de Village of the Damned (original) a passearem-se pela aldeia? E quem é que prefere a tortura de Hostel à cena do lago em Let's Scare Jessica to Death, ou a distorção e dúvida sentidas em The Innocents? Cenas em que alguém é esfaqueado até à morte, ou leva com um machado na cabeça e saem os miolos todos, chocam no momento, e talvez até nos mantenham acordados à noite, mas não chegam aos calcanhares do medo causado por cenas que pelo contexto são tenebrosas, como a Ama a espreitar à porta do quarto do pequeno Joey (The Nanny). O pior é que esta ideia de que o Terror equivale a um banho de sangue está tão embrenhada nas audiências de hoje que é possível ouvir coisas como "Peeping Tom não é um filme de terror"...

Mas claro, não sejamos extremistas. Uma dose de violência não estraga automaticamente um filme. E nem tudo é mau nos filmes de hoje em dia. Há alguns que têm bons pontos de partida. Voltando ao The Hills have Eyes, acho que a ideia de se estar sozinho no deserto com um bando de mutantes loucos uma coisa mesmo assustadora. Mas tinham que estragar o filme com aquele sangue todo?? Parece que não aprenderam as lições dadas pelos grandes mestres... Vejam Os Pássaros, que é dos filmes mais sinistros que tive o prazer de ver, e digam-me: a violência faz alguma falta? Aquela imagem do recreio da escola coberto de corvos é mais assustadora que mil The Hills Have Eyes juntos.

E é aqui que me chateiam os remakes. Vão pegar numa coisa que era boa e transformam-na na maior carnificina possível. Juro que apedrejo alguém se o falado remake de The Bad Seed for para a frente... Viram o que o João Carpinteiro fez ao brilhante Village of the Damned: pegou num óptimo filme e estragou-o com violência excessiva e um twist ridículo que supostamente tem a função de aumentar o elemento choque da história. Nem me dei sequer ao trabalho de ir ver o remake do The Omen.

Enfim. E ainda se admiram por eu "ver tantos filmes antigos"...

"What Ever Happened to Baby Jane?" (1962)

Uau!

Foi a única palavra que consegui dizer ou pensar depois de ter visto Baby Jane (como se viu). Tudo neste filme é perfeito. E quando digo tudo quero dizer T-U-D-O mesmo! Não há uma única falha, nem uma. "What Ever Happened to Baby Jane?" é uma obra de arte.

O filme conta a história de duas irmãs, "Baby" Jane Hudson, criança-estrela e Blanche Hudson, a irmã mais velha que mais tarde acaba por se tornar uma estrela de cinema com muito mais sucesso do que a irmã. Claro que se desenvolvem algumas invejas, até que Blanche fica presa a uma cadeira de rodas depois de um "acidente"... e é Jane quem tem que cuidar dela. Mas de acordo com o dicionário de Jane, "cuidar" corresponde a "fazer a vida negra"...

Blanche
You wouldn't be able to do these awful things to me if I weren't still in this chair.

Jane
But you ARE, Blanche! You ARE in that chair!

Este filme tem um dos guiões mais inteligentes que já vi. Cada fala é um tiro certeiro - bullseye, everytime. A sequência dos acontecimentos é perfeita, e todos os momentos contribuem para o clima de suspense ao longo de todo o filme. E só há uma palavra para o final: perfeito. O mérito é de Lukas Heller (guião), e de Henry Farrell (romance), que por acaso também escreveu The House That Would Not Die.

Os louros vão também para Robert Aldrich, realizador. Este é definitivamente um nome que quero recordar no futuro. Se "Baby Jane" não é o seu melhor trabalho, o homem era um génio!

Mas, claro, a verdadeira estrela do filme é Bette Davis. Joan Crawford também brilha, devo dizer, e bem, mas não chega aos calcanhares de Bette Davis. Se o filme fosse mais comprido morríamos todos de falha coronária - sim, a representação é assim tão poderosa.

Baby Jane é uma personagem tão instável, tão depressa é doce como uma criança como má como as cobras, ora é atenciosa ora calculista. E Bette Davis mostra isto de uma forma tão real que mete medo. Há vários momentos especialmente memoráveis: o telefonema em que se faz passar pela irmã, o confronto com Elvira, e todo o conjunto de cenas finais. As cenas com as duas irmãs são fenomenais. Até saltam faíscas!

Fiquei presa ao ecrã desde o primeiro minuto, e não descolei até ao fim do filme. Estive, literalmente, de queixo caído em vários momentos. Eis que aconteceu o inesperado: Lost In Translation foi destronado. Apresento-vos "What Ever Happened to Baby Jane?", o meu filme preferido.

20/10 - Vós sois tolos se não virdes este filme. Trailer aqui.

Em nota de rodapé, tenho a dizer que nutro de momento uma grande falta de consideração pelos Oscares. Tenho uns mil pontos de respeito negativos pela Academia. A partir do momento em que "Whatever Happened to Baby Jane?" não ganha melhor cinematografia nem melhor filme (nem sequer foi nomeado!) e Bette Davis não ganha melhor actriz (ainda estou a recuperar do colapso que tive quando descobri esta)...

sexta-feira, março 09, 2007

Momento Suntory #42: "Oh really, did she like it?"



A qualidade da imagem é o que se pode chamar "uma bela caca", mas adorei este momento do filme.

Momento Suntory #41: What Ever Happened to Baby Jane?

A minha opinião sobre o filme em geral, e a Bette Davis em particular, nas palavras de alguém que admiro muito (Kate, the Beloved), já que estou demasiado encantada para conseguir produzir um comentário coerente:

"Ooh, yeah, you're amazing! We think you're incredible.

Wow!

Wow!

Wow!

Wow!

Wow!

Wow!

Wow!

Wow!

Unbelievable!"

domingo, março 04, 2007

O Pássaro Mais Extraordinário do Mundo

Vejam até ao fim. É inacreditável!


Tuva - Índia - Inglaterra

Tenho "passeado" nestes últimos dias por alguns sítios muito interessantes. Não resisto a partilhar as experiências. Se tiverem oportunidade, sigam-me as pegadas. Acreditem que vale a pena!

Tuva
Eu nunca tinha ouvido falar de "throat singing". Apresentaram-me os Chirgilchin como "aqueles homens das vozes grossas" e eu, associando-os àqueles homens da ópera, decidi logo que queria ir ver. Mas throat singing não tem nada a ver com ópera.

É difícil explicar o que é. Como não percebo nada da técnica, não posso falar sobre isso. Mas posso dizer-vos que é uma coisa verdadeiramente fenomenal. Os sons que aqueles quatro (uma mulher e três homens) faziam eram fantásticos! Desde o que me pareciam pássaros, a água, a balidos extremamente convincentes, a - gostei mesmo deste - uma voz cavernosa de trovão. Simplesmente maravilhoso.

As músicas eram de uma simplicidade campestre. Eram maioritariamente canções de "good wishes for horses" e "good wishes for animals, like horses, cow, sheep, goat". Os "good wishes" reinavam. Mesmo na sua despedida, o que nos foi desejado foram - surpresa - "good wishes" e "good grass for your sheep. And good gas for your cars".

Adorei!

Índia
Dança tradicional do Sul da Índia. Nunca tinha pensado, mas estas danças são uma mistura muito interessante de storytelling e de expressão corporal. No espectáculo que vi eram duas raparigas a dançar, uma obviamente mais dotada que a outra. A que dançava melhor tinha uma expressividade admirável. Vejam que até me fez lembrar a Kate Bush! (E para quem não sabe, este é um dos maiores elogios que eu podia fazer (; )

O mais giro são os gestos das mãos, e as posições que nos são familiares em estátuas de divindades hindus. É giro ver uma pessoa a sério a fazê-las. E quando nos apercebemos que cada posição, cada gesto tem um significado, apreciamos a dança de uma perspectiva muito mais iluminada.

Uma pequena amostra aqui.

Inglaterra
Há uns anos tive o enorme prazer de ver em Londres os Stomp. Não sei se foram o ponto alto da viagem, afinal de contas, quando se passeia com amigos há sempre muitos "pontos altos". Mas foi, definitivamente, uma experiência que me ficou gravada na memória. E sabendo que iam voltar a Portugal para alguns espectáculos, este era um que eu não podia mesmo perder. E a companhia tinha que ser a mesma (: <3>

Se não conhecem, imaginem algumas pessoas cheias de genica em palco com panelas, caixotes, sacos, canos, lavatórios (sim, leram bem, lavatórios!), alguidares,... tudo o que está à mão serve, tudo é ritmo, tudo é música. Se só de si isto já é bom, agora acrescentem uma dose de humor e não podia ser melhor.

Two thumbs up!

sábado, março 03, 2007

A Fuga das Galinhas devia ser real...

Hoje tive um sonho horrível. Sonhei que estava numa dessas quintas industriais/ matadouro. A "especialidade" ali eram as galinhas. Não me lembro de muita coisa, mas há alguns momentos que recordo claramente:

Primeiro, um homem a trazer um saco de plástico cheio de pintinhos. O saco era transparente e não tinha nenhum furo. Iam morrer sufocados. Ouviam-se os seus gritos desesperados lá dentro. O homem atirou o saco para uma prateleira onde estavam outros sacos iguais. Havia ali várias gaiolas onde se amontoavam imensas galinhas. Depois vi um outro homem a matar uma galinha com as suas próprias mãos. Arrancou-lhe a cabeça. Saí de lá a correr.

Há muito tempo que a crueldade animal não me assombrava o sono. Mas apesar de ter acordado triste, este sonho lembrou-me de tudo aquilo que está errado e contra o qual se deve lutar. Desistir - nunca.

Bem sei que a maioria dos que lêem este blog não estão interessados neste assunto. Mas peço-vos que gastem alguns minutos do vosso tempo a ver um dos vídeos que aqui vou deixar. São chocantes, mas não há acerca deste assunto que não seja. São "apenas" galinhas, mas as galinhas também sofrem. Por serem consideradas "estúpidas" (e na verdade, estão bem longe de o serem), isso não significa que mereçam morrer. Quantas pessoas estúpidas não há na Terra? Mas nem essas merecem morrer assim.

45 Days in Hell: The Life and Death of a Broiler Chicken

Virgil Butler Speaks Out - Intervista a um antigo "Funcionário do Mês" de um matadouro

Mepkin Abbey Monastery: Hell for Chickens - Investigação undercover

Lembro que todas as imagens captadas fazem parte do procedimento padrão em toda a indústria. Isto inclui Portugal.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

xD

Click para aumentar

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Momento Suntory #40: Bette Davis

Se há coisa que eu adoro é a descoberta de qualquer coisa extraordinária. Descobri, finalmente!, Bette Davis.

Sei, como aliás, sabe toda a gente, que há certos ícones no cinema que deixaram a sua marca bem profunda na História. Mas pensava que Bette Davis era uma espécie de Marilyn Monroe, ou seja, mais conhecida pela sua beleza do que propriamente pelo talento (apesar de eu achar que Marilyn Monroe tinha de facto algum talento). Mas agora sei a verdade: não são comuns as pessoas com o talento de Bette Davis. E se todos os seus desempenhos são como aquele, então está aqui um amor para a vida toda.

Já dizia a Madonna, "Bette Davis, we love you."

The Nanny (1965)

Arranjei este filme de Seth Holt simplesmente porque é uma produção dos estúdios Hammer. A regra geral é, "se é Hammer é bom", ou não fosse este um Grande Marco no cinema britânico. Mas se eu soubesse o que aí vinha...

A história é sobre uma ama dedicada à família disfuncional para a qual trabalha. O pai é severo, a mãe perturbada, o rapaz acabou de chegar de uma instituição, e a menina morreu. O rapaz, Joey, é o que se pode chamar de maquiavélico (ou apenas perturbado?), e os conflitos com a ama começam de imediato. O que então se desenrola é uma mistura perfeita de suspense e reviravoltas.

Jimmy Sangster escreveu o guião, baseado no romance homónimo de Marryam Modell (que já adicionei à minha lista to-read) . Os diálogos são perfeitos porque estão carregados de subtexto e a tensão entre a ama e Joey é enervante de tão realista.

A grande surpresa para mim foi mesmo Bette Davis. Confesso que quando comecei a ver o filme não fazia ideia de quem entrava. Quando vi o nome nos créditos iniciais pensei, "Bette Davis? Hmm..." Pois, a verdade é que eu nunca tinha visto nenhum filme de Bette Davis. Mas não me apedrejem ainda! Mereço o perdão dos Deuses do Cinema porque agora que conheço o trabalho desta Grande Senhora, até me atirava ao chão para lhe beijar a campa. Só há uma palavra que pode descrever a qualidade do desempenho de Bette Davis neste filme: Excepcional. E mesmo esta não transmite adequadamente a magnitude, o brilhantismo, o talento que Bette Davis encarna.

Apesar de ao ver The Nanny sermos quase ofuscados por Bette Davis, o resto do elenco é igualmente maravilhoso, com especial destaque para William Dix, o rapazinho perturbado extremamente convincente que me arrancou uma gargalhada ligeiramente despropositada com a frase "Can you sack her, then? Please?" Pamela Franklin, que, sim!, entrou em The Innocents também, está excelente. Merece elogios especiais por ter entrado em dois filmes que eu adoro, mas esses não os vou escrever para vos poupar à seca.

The Nanny é precisamente o meu tipo de filme. O ambiente é tão tenebroso que não se recomenda a crianças ou pessoas mais facilmente impressionáveis. E daí, com o lixo que agora se faz dentro do"infame" género do Terror, o público está tão mal habituado que é capaz de nem achar grande graça a este filme. Mas eu digo-vos, The Nanny é simplesmente um dos melhores filmes que já vi na vida, e sem dúvida o melhor que já vi este ano. Entrou directamente para o meu top pessoal, estando ao nível de The Innocents, o que é dizer bastante.

Aconselha-se vivamente. 10/10 (e mais teria se mais houvesse)